A Casa ou Quinta da Companhia deve o nome à Companhia de Jesus

Descrição
A Casa ou Quinta da Companhia deve o nome à Companhia de Jesus, sua proprietária, cuja história está ligada à do vizinho Mosteiro beneditino de Paço de Sousa. No âmbito da reforma dos mosteiros da Ordem de S. Bento, este cenóbio foi entregue ao colégio do Espírito Santo de Évora da Companhia de Jesus, em 1570, disposição que foi entretanto anulada pelo Papa Gregório XIII, em 1578, ficando os Jesuítas com a renda da mesa abacial e os beneditinos com o mosteiro e a renda da mesa conventual. Esta resolução obrigou a Companhia a construir uma casa própria que foi edificada em terrenos permutados com o mosteiro.

Após a extinção da Companhia de Jesus, em 1759, a propriedade foi comprada em hasta pública pelo negociante de vinho José de Azevedo e Sousa, de Vila Nova de Gaia, em 1772, que a instituiu em morgadio, e manteve-se na posse da família até ao final do século XIX, época em que foi submetida a uma profunda reforma e vendida.

Acede-se à Quinta através de um portal encimado pela pedra de armas dos Azevedos. No interior do espaço murado está a residência, de fachada principal simétrica de três pavimentos e escadaria exterior, e a capela de Nossa Senhora da Conceição, de gosto maneirista, com ligação interior à casa, bem como outras dependências de cariz agrícola, nomeadamente celeiro, engenho de azeite e moinho. Envolvem todo o edificado o jardim, a mata de árvores centenárias, onde se destaca a Fonte dos Frades, e terrenos de cultivo.

Localização
Freguesia: Paço de Sousa
Lugar: Mosteiro

Classificação
M.I.P., (Portaria n.º 205/2013, de 11 de abril de 2013)

Época
Moderna/Contemporânea

Bibliografia Relacionada
DGPC – Ficha SIPA – Casa e Quinta da Companhia, IPA.00007106
GOMES, Cecília José Barbosa – Casa da Companhia: O Morgado de Paço de Sousa e o seu fundador. I SEMINÁRIO: PENAFIEL E PENAFIDELENSES NA HISTÓRIA – Atas. Penafiel: Amigos do Arquivo de Penafiel, ISBN: 978-989-207084, 2016.

Ligações Úteis
www.monumentos.gov.pt