ESCRITARIA COM PEPETELA

Obra e Vida do autor Angolano em destaque na Escritaria, em Penafiel

Escritaria de novo ao encontro da Lusofonia

Depois de Mia Couto, a Escritaria em Penafiel, volta a dar um especial enfoque à lusofonia ao homenagear, este ano, o escritor angolano Pepetela.

De 1 a 7 de outubro, Penafiel transforma-se na cidade de Pepetela, cujo nome é Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos, que nasceu em Benguela, Angola, em 1941 e que apresenta uma vasta obra literária.

Uma parte significativa da sua obra só foi lançada depois do exílio, destacando-se livros como “Muana Puó” (1978), “As Aventuras de Ngunga” (1979), “A Geração da Utopia” (1992), “Parábola do Cágado Velho” (1996) e “A Gloriosa Família” (1997).

A atribuição do Prémio Camões, em 1997, viria a confirmar a importância da sua obra e o destaque que ocupa na literatura lusófona.

Depois de Urbano Tavares Rodrigues, José Saramago, Agustina Bessa-Luís, Mia Couto, António Lobo Antunes, Mário de Carvalho, Lídia Jorge, Mário Cláudio, Alice Vieira e Miguel Sousa Tavares é agora a vez de destacar a vida e a obra de Pepetela.

Nesta 11.ª edição da Escritaria, haverá uma verdadeira transformação da cidade em torno do escritor homenageado e da sua obra, que estará a “contaminar” Penafiel nas ruas, montras das lojas, exposições, arte de rua, no teatro e na música, entre outras novidades que brevemente serão apresentadas, tornando impossível a qualquer pessoa não “tropeçar” ou no autor de carne e osso, ou na sua escrita.

Vários atores vão interpretar em vários cantos e recantos da cidade textos de Pepetela, ao mesmo tempo que as fachadas dos prédios e outros locais da cidade vão mostrar a sua obra e torna-la até portátil em caixas de leitura, sign floors, e muitos outros materiais que com textos de Pepetela podem ser levados para casa e partilhados com família e amigos.

Escritaria é o único festival literário, que se dedica a homenagear um escritor vivo de língua portuguesa e onde a cidade se transforma por uns dias na sua própria cidade.

Pepetela deixará ainda uma frase que marcará a cidade, à semelhança dos autores homenageados nas edições anteriores, contribuindo para que Penafiel continue a ser, cada vez mais, uma cidade “contaminada” pela literatura.